Assunto polêmico e delicado, mas alguém precisa falar sobre isso, não é mesmo?
A reflexão que trago hoje é baseada na teoria do design de comunidades (abro parênteses para citar o Flávio Ferrer que me apresentou o conceito na prática com tanta maestria há anos atrás) volte o raciocínio lá do design de comunidades, que envolve a criação e sustentação de ambientes sociais significativos, sejam eles empresas, comunidades virtuais, comunidades físicas, comunidades de aprendizado, grupos de voluntários e tantas outras aplicações.
Celebrar ritos de passagem e reconhecer eventos importantes na vida dos membros de uma comunidade são práticas que ajudam a fortalecer os laços sociais, criar um senso de pertencimento e dar significado às transições e ciclos da comunidade. Com o final do ano se aproximando, muitas empresas estão se preparando para as tão aguardadas festas de confraternização. Infelizmente, algumas dessas celebrações ganharam a reputação de eventos regados a excessos. No entanto, é fundamental que a gente reconsidere o propósito desses momentos e transforme-os em oportunidades para descompressão, construção de relacionamentos e celebração verdadeira.
Em vez de focar apenas nos aspectos festivos, é importante destacar as realizações significativas de cada um e expressar gratidão pelos esforços coletivos. Celebrar as conquistas do ano, reconhecer o trabalho árduo dos colaboradores e fortalecer os laços dentro da equipe. A celebração e gratidão genuínas ajudam a construir e reforçar o senso de pertencimento e propósito tão perseguidos pelas empresas e indústrias que ainda não possuem esse valor.
Elas são um momento propicio para descontrair, relaxar e uma oportunidade para os colaboradores se desconectarem das demandas diárias do trabalho e se reconhecerem como apenas pessoas comuns, onde cargos e posições se misturam fora do ambiente formal do escritório.
Diante das tendências atuais de Cloud Quitting (desistência silenciosa) e Quiet Quitting (desistência discreta) que podem surgir quando os colaboradores se sentem alienados e desconectados da cultura e propósito da empresa ou da equipe, um momento de descontração saudável pode fazer com que essas tendências fiquem mais perceptíveis, facilitando a tomada de decisão, ou ainda, atuando como oportunidade de reverter essas tendências, fortalecendo o senso de comunidade e pertencimento entre os membros da equipe.
As festas de confraternização da empresa têm o potencial de serem mais do que simples eventos sociais; podem ser momentos de verdadeira celebração, construção de relacionamentos e fortalecimento da sua comunidade ao incluir familares. Este ano, ao planejar a festa de confraternização da sua empresa, considere como ela pode se tornar uma oportunidade única para celebrar, crescer e fortalecer os laços que impulsionarão o sucesso no próximo ano.
Que cada ativação seja uma recompensa e reconhecimento às conquistas compartilhadas e ao espírito colaborativo que torna a jornada profissional de cada um mais significativa.
…um manifesto por celebrações mais genuínas.