Do infomercial aos influenciadores: como perdemos a lealdade dos nossos clientes

09/07/2024

Nos anos 90, o Brasil viu o surgimento das primeiras estratégias agressivas de marketing através dos infomerciais. Essa novidade despertou curiosidade e, consequentemente, conquistou adeptos para o modelo “Polishop” de vender. A estratégia se espalhou entre outras empresas e, infelizmente, muitas vezes foi utilizada de má fé. Os produtos não eram de qualidade, e os consumidores se sentiam enganados após a compra. Com o tempo, essa abordagem perdeu força na TV, e o público deixou de aceitar esse tipo de comunicação.

Em 2020, a abordagem ressurgiu de forma agressiva entre os influenciadores e no meio digital. Mais uma vez, o consumidor passou a ser enganado por algumas marcas, agora por pessoas que ele considerava confiáveis. Isso resultou em uma nova crise de confiança. Empresas e marcas até ganharam dinheiro vendendo dessa forma por um tempo, mas qual é o benefício para a marca a longo prazo? Como reverter a imagem de uma marca danificada?

Marcas sólidas são construídas com base em verdade, entrega e qualidade. Não há propaganda melhor do que a recomendação de um cliente feliz. A satisfação do cliente é a base para o sucesso de qualquer negócio. Quando você foca na qualidade do atendimento e na experiência do cliente, os resultados aparecem.

Dizem que de médico e publicitário todo mundo tem um pouco, e eu até concordo. Com o conhecimento compartilhado, tornou-se prático e eficaz fazer cursos online, ter acesso fácil a tutoriais, receitas e até a IA, que ganhou pauta de todas as conversas corporativas. A verdade é que todo mundo se comunica desde sempre, mas fazer isso de forma efetiva, com entrega, coerência e estratégia… é outro assunto e patamar, para qual nem todos os profissionais que se dizem da área estão preparados e para os quais são necessárias as três letrinhas: CHA – um conjunto de elementos fundamentais para o sucesso do profissional em qualquer área, incluindo o marketing e comunicação. Onde, competências referem-se ao conhecimento técnico e teórico necessário para o entendimento de estratégias de mercado, análise de dados e técnicas de comunicação eficazes. Habilidades que são as capacidades práticas de aplicar essas competências no dia a dia: por exemplo, criar campanhas, utilizar os meios e ferramentas de acordo com os objetivos ou de interpretar métricas de desempenho. E por fim, as atitudes que além do básico bem feito, inclui a ética profissional, a transparência nas relações com os consumidores e a disposição para se adaptar a novas tendências. E que está meio em falta no mercado, por isso o cuidado de saber quais são os profissionais que estão cuidando da marca do seu negócio. Sempre fico pensando: qual o resultado à longo prazo que essas atitudes inconsequentes podem causar? Vale tudo pra vender?

E, para além do conjunto de ética e juramento profissional pelo qual metade dos profissionais não passaram, há alguns pontos essenciais e sutis que navegam em meio aos algoritmos: verdade, coerência, reputação e entrega. Esses são premissas de uma boa comunicação e não vão mudar nunca, independentemente da moda ou da rede social do momento. Isso é o que realmente vende, entrega, conquista e fideliza.

Investir em uma relação transparente e verdadeira com o consumidor é essencial para a construção de uma marca duradoura. Em um mercado onde a confiança está cada vez mais escassa, a lealdade do cliente se torna um ativo valioso. Por isso, priorize a qualidade, a verdade e a entrega. Se precisar de auxilio para construir a reputação da sua marca pautada em valores e propósito, a Namaskar – Comunicação & Projetos ESG pode auxiliar.

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