A agroindústria desempenha um papel crucial na economia global, fornecendo alimentos essenciais para bilhões de pessoas. No entanto, enfrenta desafios únicos, incluindo a falta de mão de obra qualificada e a constante necessidade de retenção de talentos em um cenário onde os jovens tendem a buscar oportunidades urbanas. Este é um desafio multifacetado que envolve questões como a falta de infraestrutura nas áreas rurais, isolamento, acesso limitado à educação, cultura e lazer – e ainda, a visão estigmatizada muitas vezes associada ao trabalho no campo. A falta de programas eficazes para engajar e desenvolver colaboradores pode resultar em uma alta rotatividade, impactando negativamente a eficiência e a produtividade da agroindústria. Neste contexto, a responsabilidade social emerge como um diferencial estratégico capaz de enfrentar essas dificuldades e impulsionar a lucratividade.
Investir em responsabilidade social é uma escolha ética e também uma decisão estratégica para os produtores rurais que já entenderam que ao abraçar práticas socialmente responsáveis, podem criar um ambiente de trabalho mais atrativo, superando os desafios de falta de mão de obra e aumentando a retenção de talentos.
Separei alguns exemplos de como a responsabilidade social de dentro para fora como sempre propomos nos projetos e trilhas de desenvolvimento da Namaskar – Comunicação & Projetos ESG que podem auxiliar neste contexto:
Capacitação e Educação: implementar programas de capacitação e educação nas fazendas ou nas comunidades rurais melhora a qualificação da mão de obra local e também contribui para o desenvolvimento sustentável da cadeia como um todo.
Condições de trabalho adequadas: proporcionar condições de trabalho seguras e confortáveis é crucial para atrair e reter talentos na agroindústria. Isso inclui a implementação de práticas e atividades que promovam o bem-estar dos trabalhadores com inclusão de opções de cultura, lazer e momentos de descompressão.
Diversidade: incluir colaboradores com características diferentes dos tradicionais para ocupar cargos estratégicos é uma excelente forma de não ficar refém da mão de obra escassa em determinadas regiões. Hoje vemos por exemplo, muitas mulheres ocupando cargos em fazendas e agroindústrias que até poucos anos atrás eram predominantemente vagas para o público masculino, e que, com um pouco de diversidade conseguem entregar os mesmos resultados e por vezes até maior qualidade dependendo das funções. (abro parênteses para enfatizar que é claro que o ambiente físico e a cultura da empresa ou fazenda devem estar preparados para receber a diversidade e isso também é responsabilidade social! Cabe à liderança, gestores e gerentes preparar a equipe, o ambiente e o modelo mental.)
Comunicação interna e externa: engajar e informar os colaboradores cria um senso de propósito e pertencimento, promovendo a cultura organizacional. Garantir que todos os membros da equipe compreendam e se alinhem com os objetivos e valores da empresa, promove a coesão interna, contribuindo para uma implementação mais eficaz de processos. Já a comunicação externa transparente sobre as práticas da agroindústria constrói confiança com as partes interessadas. Comunicar, mostrar e evidenciar o compromisso com questões sociais e ambientais fortalece a reputação do agronegócio garantindo que as práticas sustentáveis sejam compreendidas e valorizadas pelo mercado local e externo.
Enfim, ao investir em responsabilidade social, os produtores rurais podem experimentar um impacto direto em seus resultados financeiros já que a atração e retenção de talentos qualificados reduzem os custos associados e melhoram a eficiência operacional o que consequentemente impulsiona a produtividade.
Além disso, consumidores, investidores e mercado externo valorizam cada vez mais indústrias comprometidas com a responsabilidade social. Contribuir para o bem-estar social é colher os frutos financeiros de uma operação sustentável e lucrativa. Vamos mostrar ao mundo que o agronegócio brasileiro, além de sustentável é responsável!